Sunday, November 22, 2009

Tim Burton: o bizarro genial


O mundo soturno de Tim Burton ganha mostra no MoMa


Todo mundo já falou da exposição e retrospectiva do Tim Burton que começou hoje no Moma. Não vou falar mais nada, porque um dos mais criativos artistas da nossa geração dispensa apresentação. Resta dizer que a mostra fica em cartaz até 26 de abril do ano que vem e que você pode curtir um videozinho fofo dele aqui no site do Museum of Modern Art e aqui

Thursday, November 19, 2009

Leonardo da Vinci em Times Square


Leonardo em Times Square

Imagine uma exposição que revivesse todas as invenções do criador da "Última Ceia" e "Monalisa". É justamente isso que está à mostra em "Leonardo da Vinci's Workshop", uma delícia para pessoas que gostam de ciência, arte e invenções. Isso porque a mostra coloca vários protótipos criados pelo mestre para funcionar, de um helicóptero rudimentar a um tigre de madeira.

“Leonardo da Vinci’s Workshop”, até 14 de março no Discovery Times Square Exposition, 226 West 44th Street, Manhattan

Wednesday, November 18, 2009

Muquifo adorável da "comfort food"


Eisenberg's Sandwich Shop: segredinho local

Adoro descobrir novos lugares para comer trash food, expressão que não faz muito tempo ganhou o título politicamente correto de "comfort food". O que resume essa história é que, a meu ver, em ambos os casos, você realmente não estará disposto a contar as calorias da sua aventura gastromundana no final... Bom, e diners e delis pra isso Nova York tem de sobra. Hoje descobri lendo o jornal do metrô, aquele que é distribuído de graça, que o diner das celebridades fica perto da Madison Square Park e se chama Eisenberg's Sandwich Shop. Está lá há 80 anos, e só agora eu descobri a "lojinha". Parece que a Jodie Foster foi lá na semana passada e comeu um sanduíche recheado com salada de ovo (adoro, mas o que eu faço em casa, além de pão integral torrado, leva salsinha picada junto com o ovo cozido esfacelado e misturado a um pouquinho de maionese e cebola roxa picada bem pequenininha, yummy!). O ator Steve Schirrip, estrela da série "The Sopranos", adora comer o sanduíche de pastrami do local. E o cantor Lou Reed foi um dos poucos que não se deixou fotografar pelo dono, o bem-humorado Josh Konecky. Quando aparecer por lá, siga esta regra: comer em diner é no balcão. É muito mais divertido. E tenho dito.
Eisenberg's Sandwich Shop - 174 5th Ave
(between 22nd St & 23rd St)
New York, NY 10010
(212) 675-5096

Sunday, November 15, 2009

Sábado à noite em NY: saia, mas não me chame


Mercat: ótimas tapas no Soho


Eu deveria ter seguido à risca a mesma regra que estabeleci quando morava em São Paulo. Sábado à noite é dia de ficar em casa. Esparramada no sofá. Com pizza e coca-cola. E um bom DVD. E só.
Os melhores dias para sair à noite em Nova York, como em Sampa, são terça, quarta e quinta. Mas ontem abri uma exceção. Fui encontrar uma grande amiga e seus amigos no Soho, mais precisamente no Mercat, um simpático restaurante catalão com pé direito alto, paredes de tijolinho aparente, pouca luz e muita animação.
O programa foi superagradável, mas a chegada... Quanto estresse. Primeiro, eu sou uma atrasada por natureza. Sempre acho que dá pra fazer cinco coisas em 15 minutos e chegar a tempo aos lugares. Nunca dá. E com bebê em casa, pior ainda. Sendo a momzilla que sou, largar a pimpolha com a babá leva uma década.
Enfim, restaram cinco minutos pra trocar de roupa, arrumar o make, pentear o cabelo...E pronto, a destrambelhada sai em pleno sábado, no horário em que tinha que estar no restaurante.
Normalmente, leva-se 15 minutos pra ir do meu bairro no Brooklyn pra chegar a Lower Manhattan. Mas tinha chovido, uma garoa fina caía na Clinton Street, eixo dos táxis amarelos no bairro. Os carros até que passavam, mas lotados. Todo mundo indo jantar. E o cabelo indo pra cucuia na garoa (claro que esqueci de pegar guarda-chuva, óbvio).
Eu e minha cara-metade -- já bufando, porque a atrasada sempre sou eu -- finalmente conseguimos um táxi. Mas isso não quer dizer que andamos. Estava tudo parado. Estilo Augusta à meia noite, sabe como é? Um horror. A ponte do Brooklyn, linda, iluminada. E nós lá embaixo da armação de metal, esperando a "bridge and tunnel crowd" se movimentar rumo à ilha. Pra quem não sabe, assim é como aqueles que moram em Manhattan chamam o povo dos subúrbios, que se manda pra Big Apple somente aos finais de semana pra curtir a noite.
Resultado, chegamos com quase uma hora de atraso. Um papelão. Mas o vinho, o bom papo e as deliciosas tapas compensaram.
Para os visitantes, fica o recado: se estiver em NY num sábado à noite faça, no máximo, uma reserva pra jantar num restaurante bacana, mas cedinho, quando cair a tarde, num lugar que seja perto do seu hotel e você não precise pegar nenhum meio de transporte. Nem táxi, nem metrô, só seu par de pernas. Deixe a balada para outro dia. Aproveite pra comprar umas comidinhas deliciosas, uns queijos, uns salaminhos, um vinho, arrume as suas compras recentes na mala, escreva no seu diário de viagem, veja um filme na tevê, faça a lista dos lugares que ainda quer visitar. Mas, como eu, não pense que cair na night vai ser incrível. Porque, como em São Paulo em qualquer sábado à noite, não vai.
Vá lá: Mercat, 45 Bond St. entre Lafayette e Bowery, a partir das 6pm

Friday, November 13, 2009

"Mad Men": a série do momento


Os personagens "fashion" da série "Mad Men"


Esqueça "Curb Yor Enthusiam" (que também é muito legal). Meu fascínio atual, e o de milhões de americanos, é "Mad Men", a série ambientada no começo dos anos 1960 que retrata o mundo dos publicitários da Madison Avenue (daí o nome Mad), e que está no final da terceira temporada.
Com figurino e cenografia incríveis, a série revive o ambiente de uma agência de publicidade quando a indústria emergiu como a grande força global para empurrar produtos goela abaixo do consumidor e criar desejo de comprar, comprar e comprar sem parar...
Um mundo hostil até para o atormentado Don Draper, personagem principal da série, com seus executivos ambiciosos, machistas e muitas vezes sem escrúpulos. Um cenário também de mulheres submissas no escritório ou lutando por um espaço, esposas infelizes nos subúrbios, e a luta por direitos civis correndo solta como pano de fundo. É chocante como eram as coisas para as mulheres, e ver quanto mudou em tão pouco tempo.
Quando olho ao meu redor, vejo que era exatamente a realidade da minha sogra e do meu pai, que têm mais de 60 anos. Um mundo formal onde mulheres usavam luvas e colares de pérola, e os homens não eram respeitados se não usassem um belo terno, chapéu e gel no cabelo. Onde era normal maridos terem amantes e garçonnières, e as esposas eram tratadas praticamente como crianças com corpos de adultos (e muitas mulheres que trabalhavam entregavam os salários pros maridos...).
Esse mundo com papéis tão definidos e moda tão marcada está fazendo sucesso em Nova York... Em vários bairros têm (ai já tinha dado um fora achando que o verbo ter tinha perdido o acento no plural, mas não perdeu...) pessoas organizando "Mad Men" parties. Os outfits dos anos 60 estão ficando difíceis de encontrar nos brechós (Banana Republic e Brooks Brothers já entraram na onda lançando modelitos inspirados na série), e os drinques da época como mint julep também animam a balada. Como disse o NYT em editorial, nada como apelar pra um pouco de escapismo quando a crise aperta...

Tuesday, November 10, 2009

No mundo de Alice... e do brunch!


Alice's Tea Cup: três endereços em Manhattan


Já pensou mergulhar no maravilhoso mundo de "Alice no País das Maravilhas?". Pois é, isso é o que promete o Alice's Tea Cup, um lugar ótimo para tomar brunch com crianças ou encontrar amigas para o chá num ambiente, digamos assim, lúdico. São três endereços em Manhattan. E convém fazer reserva para o brunch, sempre lotado. Vá lá:
Alice's Tea Cup

Sunday, November 8, 2009

Mergulho no inconsciente


Página do "Red Book" de Jung

Exposição, palestras, filmes e eventos relacionados ao recém-lançado "Red Book" , livro personalíssimo de Carl G. Jung, no Rubin Museum of Art, que é dedicado à cultura e arte do Himalaia, em Manhattan (rua 17). Até o final de janeiro.
Rubin Museum of Art

Meu restaurante preferido em NY


Gotham Bar and Grill: clássico


Pra mim não existe melhor definição de Nova York que o Gotham Bar and Grill. Adoro a comida lá. O salão com lustres imensos, o atendimento impecável. E a comida, ah, a comida. A melhor pasta que comi na vida foi lá. Tudo tão gostoso e fresco, vindo diretamente do mercado da Union Square. E sem frescura. Faz tempo que não se fala muito dele. É uma pena. O almoço a preço fixo de 31 dólares é uma boa chance para conhecer a obra do chef Alfred Portale. Humm, já estou com fome...
Gotham Bar and Grill

Saturday, November 7, 2009

Bauhaus no Moma




Mais de 400 trabalhos do movimento alemão que se debruçava sobre a arte e a vida moderna nas primeiras décadas do século XX, explorando os limites da forma-função. A mostra reflete o trabalho de artistas, arquitetos e designers, como Breuer, Gropius e outros. Até 25 de janeiro no Moma (que além da lojinha tentadora, tem uma cafeteria ótima, não deixe de fazer uma refeição lá quando for ao museu).

Sabadão com sol em Red Hook


Valentino Pier: com a estátua da Liberdade a fundo


A moçada moderna em Red Hook


O esconderijo da famosa Key Lime Pie


Vocês vão me ouvir falar bastante de Red Hook, o bairro aqui do lado que abriga a Ikea. Tem muita gente alternativa que mora lá, em antigos galpões das docas que foram transformados em lofts incríveis, e em casinhas de tijolinho que abrigam ateliês de artistas e pequenas galerias. Tem também um malfadado 'project', que é a versão nova-iorquina de moradia popular. Qualquer prédio gigante de tijolinhos com janelas pequenas, mesmo em Manhattan, é um 'project'. Gente bem de vida fica longe deles, pra evitar problemas. Os 'projects' ganharam notoriedade quando a juíza hispânica Sotomayor foi nomeada para a Suprema Corte.
Ela, que causou polêmica ao se autoproclamar uma "wise latina", cresceu num project, criada por mãe solteira. Se ela não fosse muito "wise" jamais teria chegado aonde chegou.
Realmente, as escolas perto dos projects têm baixo rendimento e seus arredores também preocupam em horas menos normais. Mas Carroll Gardens, onde moro, é totalmente o contrário, um bairro totalmente branco grudado em Park Slope, cheio de crianças e mães com carrinhos pra cima e pra baixo. Quando quero me sentir um pouco "alternativa" vou pra Red Hook (assim dou minha pequena volta no "wild side").
O bairro foi fundado pelos holandeses no séculos XVII, quando começou a florescer uma indústria naval ali. As docas e o ambiente de porto ainda estão lá, assim como os imensos galpões onde a máfia siciliana guardava mercadoria roubada (e onde Scorcese filmou uma cena de "Goodfellas").
É justamente no pier Valentino, de Red Hook, que vejo uma das imagens mais bonitas da cidade. Em frente a estátua da Liberdade, à direita, lower Manhattan, além barcos e veleiros, e a Ellis e a Governor Islands. Tem um gramado gostoso pra se jogar numa tarde de sol. Saindo de lá o canal é encarar uma das maravilhosas key lime pies do Steve, que fica escondido entre os galpões.
Mas hoje dispensei a famosa tortinha de limão. Bati um sanduíche muito bom, um BLT (Bacon Lettuce Tomato) com rúcula e maionese de limão no diner "Hope and Anchor", que tem garçons jovens e modernitchos (claro), e fica na rua comercial do bairro, A Van Brunt. Caminhada feita, lanche tomado, e o sol se foi. Hora de voltar pra casa.

Friday, November 6, 2009

A História do Rock and Roll no Brooklyn


A fachada do Brooklyn Museum: boa surpresa a poucos minutos de Manhattan



Foto de Amy Winehouse para a Rolling Stone: parte da exposição

Ainda me lembro a primeira vez que me aventurei no Brooklyn Museum. Peguei a linha vermelha do metrô para ver uma exposição do de Jean-Michel Basquiat que jamais vou esquecer, de tão linda. Basquiat foi o primeiro artista negro americano a virar uma estrela no mundo das artes, nos anos 80, com seus graffitis e depois com sua arte neoexpressionista. Ele chegou a morar na rua e, dizem, teve um casinho com a Madonna quando ela ainda não era ninguém. Sobre o museu, fiquei impressionada não só com o prédio, mas com o acervo também. Era inverno, fazia um frio do cão, mas como tinha solzinho fui andar pelo Jardim Botânico, que fica ao lado. Me senti uma diva da era vitoriana -- o lugar é um sonho.
Eu acho esse passeio um programão, especialmente agora que o museu está com uma exposição de fotografias que retrata a história do Rock and Roll desde 1955. Tem imagens imperdíveis de Mick Jagger, Tina Turner e até Amy Winehouse. Fica em cartaz até dia 31 de janeiro. Vá lá!

Aqui você encontra mais detalhes do Brooklyn Museum

Wednesday, November 4, 2009

Buraka Som Sistema: eixo eletrônico Lisboa-Luanda em NY



Logo bacanudo da banda que é sensação na Europa




O pessoal do BSS


Se você ainda não ouviu falar desta banda de Portugal, com certeza irá ouvir em breve. Coisa pra se acabar de dançar em pistas eletrônicas. Eles já foram ao Brasil. Tem show hoje no (Le) Poisson Rouge, na Bleecker St., e eu não vou. Snif...
Aqui vc confere um vídeo deles com a M.I.A.

As padocas de Chinatown



Pão doce, pão de ló, empadinha, pastéis de Belém, tudo tem nas padarias chinesas




O pork bun do Momofuko


Eu sempre fui a menina da bolha. Sempre padeci de alergias na infância e tenho o nariz mais temperamental do mundo. Por isso eu gosto de acupuntura. Medicina preventiva é tudo de bom para pessoas sensíveis como eu. Assim que cheguei a Nova York, comecei uma busca danada por um bom acupunturista que fosse médico também. Acabei indo pra Chinatown e encontrei o Dr. Seng, que tem uma pequena clínica e me conquistou com revistas sempre atualizadas na sala de espera (de atualidades e de mulherzinha, mas nenhuma de fofoca, que isso é coisa pra salão de beleza) e uma trilha sonora à base de óperas e música clássica. Muito erudito, esse Dr. Seng.
Além de me livrar das malditas trilhas new age dos consultórios orientais (uma benção!), a acupuntura me faz ir todas as semanas para o lado menos turístico do bairro chinês de Manhattan, que fica já no East Village, perto da Manhattan Bridge.
Adoro andar a pé em lugares populares. Adoro ver gente indo e vindo, olhando vitrines, vendendo legumes e frutas nas esquinas. É a vida andando também. Quando não ando, minha alma morre um pouco.
E foi nessas andanças pelo bairro que descobri as padarias chinesas. Baratérrimas (tipo, qualquer coisa custa um dólar), elas são a coisa mais parecida com uma padoca brasileira que já achei nos Estados Unidos.
Tem pão doce com recheios dos mais variados (de creme de baunilha, amêndoa, abacaxi, manga..., uma loucura). Tem pão de leite com recheio de salsicha, de carne de porco com cebola, de queijo com salsinha. Tem bolo de pão de ló, tortinhas que parecem pastéis de Belém (algumas são chamadas de Portuguese egg custard tart) e até empadinha (chicken pie e pork pie), pequenininhas.
Além disso, tem todos aqueles doces com feijão, sucos, leites aromatizados, sandubas com pão de fôrma daquele fofinho, e até pequenos pratos com arroz. Algumas preparam aqueles sanduíches com pão fervido e recheio de carne de porco, que o chef David Cheng, o mais badalado da cidade com o seu minirestô Momofuko, reproduz tão bem no Momofuko Ssam Bar, a versão mais acessível de seus miniempreendimentos gastronômicos.
Se vier a Nova York com orçamento apertado, nem pisque, seu almoço (quase) grátis está escondido em Chinatown.

Aqui, um roteiro bem bacana das padocas chinesas

Tuesday, November 3, 2009

West Village - o point das celebridades


O Corner Bistro, delicinha no bairro das celebs



O hambúrguer


Deu na edição do melhor de Nova York do jornal Village Voice. O West Village é o melhor bairro de Manhattan para dar de cara com algum famoso. Um colega fotógrafo pescou a Gisele Bunchen com barrigão de grávida por lá outro dia. Faz uns anos, quando eu era viciada no hambúrguer do então esfumaçado e (ainda) escuro Corner Bistro, eu vi algumas vezes a Uma Thurman andando na rua. A dica é sentar-se no French Roast (78 West 11th St., frenchroastny.com) e twittar quem de famoso passar por lá, de Sarah Jessica Parker a Julianne Moore. Boa sorte!
E, se, como eu, você não tiver paciência pra nada disso, se manda direto pro Corner pra ver se o hambúrguer ainda está bom e me conta!

Corner Bistro

Boa música no Lower East Side


The Living Room

João Erbetta Trio

Quando morei pela primeira vez em Nova York, em 1997, o Lower East Side ainda não tinha "acontecido". O antigo bairro judeu não tinha nem metade do charme que tem hoje, apesar de o famoso Katz Deli já ser um marco na área (desde aquele orgasmo fake da Meg Ryan em "When Harry Met Sally") e vários barzinhos underground povoarem a Ludlow Street.
Hoje, quem é jovem e descolex fica no bairro, que ganhou lojas bacanas, restôs interessantes, hotéis de design e até um supermercado Wholefoods, indício de que os mais abonados que só compram produtos orgânicos e de alta qualidade já chegaram ao recinto.
A Ludlow é pontilhada de bares com ótima música ao vivo. Um dos mais respeitados é o The Living Room, que dá espaço a novos artistas e a músicos consagrados, como o guitarrista experimental Jim Campilongo, que toca lá todas as segundas-feiras.
Bom, já iniciando minha fase de nepotismo explícito neste blog, gostaria de divulgar o show da minha cara metade, o guitarrista e compositor brasileiro João Erbetta.
O show rola nesta quinta às 11pm, pontualmente. Seu trio mistura composições originais que eu qualifico como "Latin Americana", porque fundem surf music, country, música brasileira e latina de um jeito único. Tem uma versão irada de "Tico Tico no Fubá" e vários frevos e clássicos de traditional jazz de New Orleans com pegada brazuca.
O resultado é um show instrumental alegre e dançante. Sempre volto pra casa leve quando vou assisti-lo. Vá lá.
The Living Room
João Erbetta
Veja e ouça aqui

Monday, November 2, 2009

E por falar em Norah Jones...


A cantora Norah Jones está pra lançar disco novo. Ueba! E melhor ainda, a National Public Radio (NPR, ma-ra-vi-lho-sa e pública, diga-se de passagem) acaba de colocar o disco inteirinho em streaming para os fãs ouvirem... Confere aqui ó:
NPR

NUBLU - Point da música brasileira em NY

Ilhan Ersahin, o "pai" do Nublu
O clube atrai músicos brasileiros do primeiro time


Quem vem a Nova York provavelmente vai querer ouvir jazz ou pegar um bom show de rock. Mas se pintar uma saudade de casa, é bom conferir o que está rolando no Nublu. O clube instalado no Lower East Side é a meca da nova música brasileira da cidade. O Forró in the Dark faz lá um arrasta pé jazzy todas as quartas-feiras, com casa lotada.
Como eles acabam de lançar novo CD e estão excursionando pela Europa, quem assume o bailão a partir desta quarta por algumas semanas é a cantora brasileira Marianni Ebert. Pra dançar até a alta madrugada...
O Nublu, do turco Ilhan Ersahin, tem também um selo, que acaba de lançar o disco novo do Otto nos EUA. Ilhan também aparece no bacana documentário sobre a influência da música brasileira nos EUA "Beyond Ipanema", dirigido por Guto Barra.
Como artista, eu gosto muito do trio experimental Wax Poetic, do qual fazia parte nada menos que Norah Jones antes de ela acontecer como a cantora cool que é hoje.

Nublu

Soho News!! Nova loja da Phaidom


Pop store da Phaidom Press no Soho
Para fãs de arte, arquitetura, design e livros lindíssimos, esta dica garimpada pela minha amiga Gabi Erbetta é quente! A editora Phaidom abriu uma pop store no Soho para a temporada de compras de fim de ano. Fica na Wooster Street e só dura até janeiro. Ótima dica pra comprar cartões de natal e cartões postais modernos e lindos para mandar para os amigos por correio. Um misto de hábito e mimo retrô mais que necessário nestes dias de correspondência instantânea pouco afetiva, você não acha?

Sunday, November 1, 2009

A balada, noite por noite


Como mãe recente e de primeira viagem, eu quase não saio à noite. Mas outro dia pintou uma amigona de Sampa ela me arrastou pro Soho com um amigo fotógrafo. Jantamos no Balthazar e depois eles me levaram pro GoldBar. Gente bonita, vestidos curtos de algumas centenas (ou milhares) de dólares, mulheres estonteantes, homens estudadamente com cara de sujinhos, decoração dourada (óbvio), lustres imensos, leão de chácara na porta. Brancos, negros, asiáticos, mistura interessante de tribos.
O som era bom. Os drinques também. Dizem que o lugar é reduto de celebs (Jennifer Aniston, Spike Lee, Leo DiCaprio, etc etc). Não faz meu estilo nem na Cochinchina, mas a noite regada a vodca com água tônica e limão e cosmos foi divertida (e minha pequena mamou tudo umas horas depois, que péssima mãe eu sou...).
Foi a coisa mais perto do Itaim Bibi que me aconteceu desde que cheguei aqui, mas recuperação foi rápida e sem traumas. Abaixo, o mapa da balada (se conseguir transpor o leão de chácara em boa parte deles, como o novo Boom Boom Room):
O mapa da balada na Blackbookmag.com

Bonitinho, e nem tão ordinário

O quart(inho)
O bar parece que pegou...

O novo The Jane Hotel é mais uma opção econômica entre os hotéis da cidade (além do The Pod, em Midtown). Quartos minúsculos, que lembram cabines de barco, não sem razão. O prédio foi construído lá no começo do século 20 pela Sociedade de Amigos dos Marinheiros para abrigar, bem, marinheiros... Vítimas do Titanic também ficaram por lá depois que o barco afundou.
E agora é um enderecinho que vale anotar no adorável West Village. O bar retrô é badalado. Custa 99 por um quarto tipo lata de sardinha. Bom pra quem viaja sozinho.
Disclaimer: eu nunca fiquei lá, e sempre fiquei naquele que hoje é o The Pod quando ele ainda se chamava Pickwick Arms, e era a dica mais quente da cidade do meu amigo fotógrafo e bon vivant incurável David Drew Zingg, que os deuses do uísque o tenham.
lThe Jane Hotel

Alerta amarelo, laranja e vermelho: Última chance pra ver as folhas do outono em NY


Gente, o frio está chegando, e com ele as árvores nuas do inverno. Esta deve ser uma das últimas semanas na cidade pra apreciar aquelas frondosas árvores e suas maravilhosas folhas em tons de amarelo, laranja e vermelho.
Olha como está o foliage tracker, tadinho, já caiu quase tudo...

Supresinha gastronômica no Brooklyn

Ki, o melhor sushi do Brooklyn
Cafe Luluc
Buttermilk Channel






Se você é um foodie incurável, sempre atrás de uma boa descoberta, seja ela de alta gastronomia ou comida de rua, vale a pena se aventurar pelo bairro de Carroll Gardens, no Brooklyn (linha F do metrô). As duas ruas principais do bairro, a Smith e a Court, estão povoadas de lojinhas e alguns dos melhores restaurantes e lanchonetes de Nova York (inclusive uma filial do Pó, de Mario Batali), e muitos outros bem bons.
Vi que vários acabam de entrar no ranking dos 40 melhores restôs da cidade da revistinha L Magazine. Olha só o que tem no meu bairro:

Best Noodle
s: Eaton (também os best dumplings, os de carne de porco são os melhores que já provei). 205 Sackett St.

Best Japanese: Ki (tente o Ki Roll, vem com pó de ouro). 122 Smith St.

Best New Restaurant: Buttermilk Channel (estou viciada no bolinho de batata doce com recheio de queijo de cabra, o melhor brunch da cidade, ótimo para crianças e famílias). 524 Court St.

Best Burrito: Calexico (eles tem carrinhos espalhados pela cidade, e algumas lanchonetes também, adoro a quesadilla de tofu também, procure outros endereços perto de você na web).88 Fifth Ave, Brooklyn

Best Neighborhood Pizza: Roberta's (esta ainda não experimentei, mas o Village Voice também diz que é a melhor). 261 Moore St.

Meatiest Meat Pie: Dub Pies (delicinha, fica aqui do lado de casa). 193 Columbia St.

Best German: Prime Meats -para fãs de uma linguicinha... dos mesmos donos do ótimo italianinho Frankies 457, também na Court St.. 465 Court St.

Best Brunch: Café Luluc, um mimo de lugar, parece o Café Tartine do Brooklyn. 214 Smith.

Dica: se decidir se aventurar pelo Brooklyn para incursões gastronômicas, traga dinheiro vivo. Muitos lugares não aceitam cartão de crédito. Em compensação, os preços costumam ser mais amigos que em Manhattan, sem prejuízo da qualidade dos ingredientes ou da comida.

Para Fotofanáticos: Robert Frank no Met


Para os que, como eu, curtem fotografia, tem uma exposição ótima no Metropolitan Museum. "The Americans", do Robert Frank, série feita numa road trip que o fotógrafo fez entre 1955 e 1956 rodando pelo país. Até 3 de janeiro.
Dica: no Met, a entrada é "suggested admission". Portanto, você dá o que quiser para entrar. Se estiver com orçamento curto, até 1 doleta põe você pra dentro. Mas não seja muquirana, se tiver condições pague o que eles sugerem.

Metropolitan Museum of Art

Devendra Banhart in town


Alô Alô neohippies e descolexes em geral. Tem show do Devendra Banhart no Town Hall em Midtown dia 22 de novembro.
Town Hall

Meu muffin predileto em NY


Todo mundo fala da Magnolia Bakery em Manhattan. Tudo bem, a decoração é linda, tem o apelo do Sex and The City e fica do lado da loja do Marc Jacobs. O que eu mais gosto de comer lá nem são os cupcakes, mas o banana bread pudding.
Mas quando eu penso em muffins, cookies e afins, meu endereço é a Baked, em Red Hook, no Brooklyn. Red Hook está para Manhattan assim como a Barra Funda está para São Paulo.
Um bairro industrial que tem uma rua bacaninha, cheia de gente alternativa, lojinhas e restaurantes idem. Fica na zona portuária onde está instalada Ikea, a megaloja de objetos baratinhos e bacaninhas de design. Um dos donos é brasileiro. Dica para os que quiserem se aventurar pelo Brooklyn.
Mais: Baked (http://www.bakednyc.com)

Kandinsky no Guggenheim


Kandinsky no Guggenheim Museum até 13 de janeiro de 2010. Imperdível.
Dica: você só paga o que quiser de entrada num dos museus mais caros da cidade (US$ 18) se aparecer por lá aos sábados entre 5h45 e 7h45 da tarde.

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